O meu melhor amigo é um banco de um carro!
História verídica.
Conheço uma pessoa, cujo nome não posso de maneira nenhuma revelar (nem sob tortura), vamos dar-lhe um nome fictício, como nos telejornais, o Sr. Macário, que gosta muito, mas mesmo MUITO de colecionar todo o tipo de lixo. Por lixo entenda-se tralha; sucata, todo o tipo de bugigangas.
A casa está toda “artilhada” com esses objetos. Como se de tesourinhos se tratassem. Fazem parte da decoração.
Essa pessoa guarda TUDO. A máxima do Sr. Macário é que tudo pode vir a fazer falta. Desde aparelhos elétricos que já não funcionam, simples cabos, parafusos, ou até mesmo aquelas bolas que tiramos em máquinas nos cafés que lá dentro têm “brinquedos” para as crianças. Também guarda pacotes de sumos vazios (servirá para?), tampas de garrafas. TUDO é mesmo TUDO.
A casa é um verdadeiro ferro velho de fazer inveja a muitas sucatas! Sucateiros deste país atenção, pois têm aqui concorrência muito forte.
Há sensivelmente cinco anos, no quintal da casa existia um carro (qual capoeira para galinhas), que já não circulava. Há muito, em vão, que se falava em vender ou mandar o carro para uma verdadeira sucata, até que, num dia de lucidez o Sr. Macário lá aceitou e decidiu livrar-se do mono. Não sem antes guardar para si algumas souvenires. Coisas tão banais como lâmpadas, o rádio, os tapetes e afins, que qualquer pessoa aproveitaria. O mais caricato foi, o que ele quis ainda guardar… o seu banco de pendura. Qual saudosista de todas a viagens feitas no carrito em que ele ia a pendura. O Sr. Macário não conduz, mas era o eu carro e ainda mais era o seu banco! Tipo: “Vou guardar este banco para recordação caralho. Foi o primeiro carro que comprei, foda-se, ai os colhões! Isto, pensámos nós (e sim, ele fala assim).
Mas afinal a verdadeira razão para o banco ser preservado. O verdadeiro motivo pelo qual o Sr. Macário quis guardar o banco… já referi que ele gosta muito de colecionar tudo?
O banco é para colocar na cozinha, para ele se sentar enquanto a mulher prepara o jantar…
Até estou a imaginar um episódio deste tão querido casal, que eu estimo tanto:
- OH Josefa! (também nome fictício). Então o que vai ser o jantar?
- Que susto Cário (diminutivo de Macário). Onde estavas que não te vi?
- Aqui sentado no banco, mesmo ao teu lado Leonilde! (sim, Leonilde. A esposa não tem dupla personalidade e ele também não é bígamo. Acontece que Sr. Macário também tem o hábito que muitas mulheres adorariam, que é chamar à mulher os nomes (e por nomes entendam-se nomes próprios) que bem lhe apetecer.
- AH. Como estás no chão não te vi homem! (maldito banco. Isto pensou a santa Josefa, mas não disse nada).
Juro que é uma história verídica. Antes não fosse…