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O que só tu e eu e pouco mais entende

Eu não sei escrever, apenas tenho muitas, muitas histórias! by Nessie

O que só tu e eu e pouco mais entende

Eu não sei escrever, apenas tenho muitas, muitas histórias! by Nessie

Confidências: 1 - Passa a bola

 

 

Confidências: 1

Quando era mais nova e o instinto maternal se encontrava escondido algures no interior do meu ser (bem nos confins e isso não foi assim há tanto tempo como isso), quando conhecidos ou amigos com bebés mos entregavam para ficarem ao meu colo (coisa tão querida e fofa), eu fazia o mesmo que fazia nas aulas de educação física quando jogava basquetebol: passava logo a “bola” para a pessoa mais próxima, como se a escaldar estivesse!

Resultado: em primeiro lugar as minhas colegas de escola não me escolhiam para as suas equipas e em segundo lugar, as criancinhas não gostavam de mim.

Vou mais longe ainda, dizendo que, mães, todas embevecidas, ao me mostrarem fotos dos seus bebés (nem todos assim tão lindos), orgulhosas dos seus rebentos, eu olhava para a foto na totalidade e pensava: “Olha que ursinhos tão fofos!

Hoje. Já mais crescida e mãe que sou:

Penso: shame on me! Bad girl.

Admito: sou uma tótó igual às outras que mostra as fotos dos filhos, com um ar de pateta

 

Run baby. Run

 

Não entendo o vício de fazer desporto.

Muito menos entendo que logo pela manhã, quando vou bastante ensonada para o trabalho, a praguejar e amaldiçoar o sol por ter nascido tão cedo, ir encontrando pelo caminho várias pessoas e por várias, entenda-se muitas, a correr.

Será que a cama delas têm picos? Que o colchão se recusa a suportar o peso dos seus corpos e ao fim de 6 ou 8 horas de sono e às 7 da manhã atira as pessoas para fora da cama?

Se calhar é de mim que gosto muito de dormir. Embora não o possa fazer. Primeiro porque, sou mãe e durante a semana trabalho. Segundo porque sou mãe e ao fim-de-semana o meu filho não me deixa dormir muito. O sol nasceu. Damos os bons dias ao sol e toca a aproveitar o dia e a vida!

Nunca gostei de exercício físico. Odiava as aulas de educação física. Na véspera rezava para que o professor tivesse um pequeno acidente ou uma doença e faltasse.

Qual era o resultado disto tudo? Era gorda! Não ao ponto de me aceitarem no biggest looser, mas era gorda!

Hoje em dia, continuo a não gostar de exercício físico. Mas sou “obrigada” a mexer o rabo.

Tenho feito várias modalidades no ginásio. O treino de cardio nas máquinas é uma seca. ODEIO musculação. Fiz bikes, que é muito bom para as perninhas, coxas e rabiosque, mas pedalamos sem nunca chegar a lado nenhum até que …

Há 4 meses encontrei um treino que me assenta que nem uma luva, mas apenas pelo nome: insanity. Como sou completamente insane, nada melhor que fazer um treino que se chama insanity. Quem não sabe como é o treino não vá ver e quem nunca experimentou não experimente. É uma verdadeira maluquice. Uma TORTURA física.

É um treino acompanhado por um professor num ginásio e sempre que ele faz uma demostração do próximo exercício eu penso: “O gajo é maluco!” ou “Só pode estar a gozar!”

Acho que NUNCA, nem mesmo em miúda saltei tanto, me amandei para o chão. Aquele treino é mesmo uma loucura.

Ando sempre dorida. Cada vez que o professor vem ter comigo e diz mais depressa, mais ou alto, faço um olhar cheio de raiva e por segundos sonho que acidentalmente um peso lhe cai num pé e ele me deixa em paz!

Nas primeiras aulas dizia sempre para mim própria que era a última vez que punha lá os pés, mas a verdade é que voltei sempre e porquê? Porque já não sou gorda e quero assim continuar. Dá é um trabalhão do caraças!

Mas acreditem que se pudesse não fazia nadinha. Por isso não entendo quem, logo pela manhã, vai a correr todo feliz e contente, faça chuva ou faça sol, pela estrada fora.

Se calhar são como eu. Fazem-no por pura necessidade…

Está na hora da caminha

Hoje vou escrever sobre pessoas que adormecem enquanto vão a pendura num passeio de carro.

Ao que parece muita gente gosta de fazer sestinhas enquanto vão a algum lado de carro (mais uma vez a pendura. Enquanto se conduz não convém mesmo nada adormecer). O facto de estarmos sentados num carro em movimento tem um efeito calmante/anestesiante. Podia ser vivamente aconselhado para quem sofre de insónias, por exemplo!

A quem é que isso já aconteceu, ponha o dedo no ar? Eu ponho!

A quem é que isso irrita imenso ponha o dedo no ar? Posso por todos os dedos das mãos?

Pareço maluca (o que também não é mentira nenhuma), mas passo a explicar.

Quando era criança e ainda não sabia nada da vida, o meu pai, depois de uma semana inteira de trabalho e na espectativa de passar bons momentos em família ao fim-de-semana, levava-nos a passear. Nós gostávamos de ir, mas acontece que, fizéssemos 20, 60 ou 130 quilómetros o resultado era sempre o mesmo: boas sestas de manhã e à tarde pelo caminho! E o pior é que não era só eu quem dormia, como também a minha mãe e o meu irmão! Coitado do homem, que ficava muito desiludido e bastante aborrecido por nós não aproveitarmos nada da viagem. Dizia sempre que acabávamos por não conhecer nada. O que era verdade. Dormíamos o caminho praticamente todo. Quando chegávamos ao destino tínhamos aquela cara de quem acabou de acordar e quando chegávamos a casa a mesma coisa… nem sei como ainda dormíamos à noite!

O meu pai devia ter um gosto em sair connosco de casa! Mas no fim-de-semana a seguir lá íamos nós novamente para outro local, pobre homem, devia insistir nos passeios na esperança (completamente vã) de nos fazer perder o maldito vício. Durante este período conheci muitos locais é certo, mas como é que lá cheguei, por onde passei, não faço a mínima ideia!

Pai querido. Como eu hoje te compreendo. Como sempre, tens muita razão. Entretanto cresci e como Deus não dorme (como se diz) não é que o meu marido é adepto ferrenho dessa prática!

O que em tempos me soube tão bem, hoje em dia irrita-me a ponto de morder todas as minhas unhas.

É mesmo muito chato viajar e a pessoa ao nosso lado estar a dormir. Para além de ser uma grande seca é como se fossemos sozinhos. Queremos falar sobre o que estamos a ver, começamos a falar, olhamos para o lado e a pessoa está a dormir…

De certeza que existe um comprimidinho para esta doença que afecta com certeza muita gente, mas como não sou muito adepta de me encharcar a mim e aos outros com comprimidos tenho outro remédio:

Ser o meu marido a conduzir o caminho todo sempre que vamos a algum lado, que se lixa! Resultado? Não dorme e fazemos uma viagem MARAVILHOSA!

Não há quem aguente as pessoas que fazem sestas enquanto andam de carro!