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O que só tu e eu e pouco mais entende

Eu não sei escrever, apenas tenho muitas, muitas histórias! by Nessie

O que só tu e eu e pouco mais entende

Eu não sei escrever, apenas tenho muitas, muitas histórias! by Nessie

Está na Lei!

 

Existem pessoas que remetem tudo para a lei. Qualquer coisa dizem logo:

- A Senhora tem de fazer isto. Está na lei.

Até aí tudo bem. Hoje em dia tudo está legislado. Uma pessoa ao dizer essa frase até dá a impressão que tem bastantes conhecimentos. Pois se diz que está na Lei é porque deve estar. Quem é que conhece as leis todas? A malta acredita.

O pior é quando as pessoas não têm a noção do que estão a dizer. O que acontece muito.

Estava eu em amena cavaqueira com o meu GRANDE amigo Sr. Macário. Apesar de as nossas conversas serem uma espécie de monólogo. Ele é quem fala na maioria dos casos e eu de vez em quando oiço… (bad girl)

Estava ele a tentar falar comigo sobre as partilhas que tem de fazer com o irmão pela morte dos pais:

Sr. Macário - Vais tu falar com o meu irmão por causa da partilha que eu acho que aquele bandido me quer enganar. Sai mesmo à mãe, o filho da p*** (já tinha avisado anteriormente da linguagem do homem). Ele não se pode meter contigo porque tu és funcionária pública (????????)

Eu – Mas eu não sou funcionária pública!

Sr. Macário – Está bem lixado ele, se se armar em esperto contigo. Não se pode brincar com os funcionários públicos. Vais tu. Fazes-me esse favor.

Eu - Mas eu não sou funcionária pública! Trabalho no privado.

Sr. Macário – Está no Código Penal, no artigo 160º. Se ele se armar em chico esperto contigo ainda apanha uma pena de cadeia até 3 anos (??????)

Eu – Mas…

Sr. Macário – Está no Código civil no artigo 877º, ainda se arrisca a pagar-te uma indemnização até 20 mil euros. (????)

Eu – Oh Sr. Macário…

Será que o desgraçado tem alguma espécie de autismo? Será que ele ainda não ouviu o que eu disse?

Sr. Macário – Está na Constituição da República Portuguesa caralho!!!!! (Diz ele quase aos berros de tão empolgado estava). Um funcionário público é Estado. Com o Estado não se brinca… é a autoridade máxima!

Eu, entretanto desliguei o meu cérebro da corrente e em modo automático disse:

- Sr. Macário a constituição diz que todos os cidadãos são iguais perante a lei. Mas o que sei eu. Não sou funcionária pública!!!

E não ouvi mais nada!

A saber (como não tinha nada para fazer, fui pesquisar:

O artigo 160º do Código Penal regula sobre o tráfico de pessoas. O que é quase a mesma coisa.

O artigo 877º do Código Civil regula a venda de pais a filhos. Portanto ambos os artigos são perfeitamente adequados à conversa que tivemos!

A constituição refere MESMO a igualdade perante a lei. Que engraçado. Até as leis mentem!

Conclusão – Podíamos perfeitamente ter sido submetidos a um teste de alcoolémia. Sem estarmos bêbados (pelo menos eu não estava seguramente), a nossa conversa era uma perfeita conversa de bêbados. Vai na volta ainda acusava qualquer coisita.

 

Errata ao Post: Challenge Love vs Hate

Na listagem longuíssima que fiz sobre as coisas que odeio (e não, não vou acrescentar mais nada. Bem que podia, pois há mais coisas que me fazem comichão), tenho uma alteração muito importante a fazer:

Onde se lê ODEIO, deverá ler-se Não gosto mesmo, mesmo, mesmo, mesmo nada!

A palavra ódio é fortíssima. Na minha estatura não cabe sentimento tão grande.

Já agora pessoas que estão sempre a referenciar que isto ou aquilo está na lei e enumeram artigos que não existem, como se fossem seres dotados de imensa sabedoria, também me enervam um bocadito (tão pequeno como daqui até à estrela polar). Acredito que sejam pessoas adoráveis. Deve ser de mim que sou muito temperamental. Escreverei sobre eles um dia…

 

Challenge: Love vs Hate

 

Estava eu sogadita quando me deparo com um desafio.

Sinceramente acho que ninguém quer saber do que eu gosto e odeio. Eu própria muitas vezes não sei do que gosto e odeio muitas coisas!!!

Como não sou moça de virar as costas a uma “nomeação” (sou mazinha, mas não sou mal educada!). Cá vai…

Preparados?

De certeza?

A sério?

(estou a tentar dar balanço à coisa. Isto não é nada simples Oh Patrícia. Tem de ser pensar e MUITO).

O que consta nesta lista vai sofrendo alterações, dependendo do meu estado de espírito ou personalidade.

 

AMO

  1. A minha família – esta sim, sempre em primeiro lugar e sem alterações. Mesmo quando me aborrecem e me irritam AMO-OS muito. Que cliché. Este teste pode tornar-se muito enjoativo…
  2. Olhar para o meu filho. Nunca me canso. Outro cliché. Mas não podia ser mais verdadeiro.
  3. Escrever parvoíces. Tão BOM.
  4. Ler. Banda desenhada não por favor.
  5. TUDO o que não posso comer.
  6. Não ter de fazer nadinha – uma utopia. Mais difícil que me sair o Euromilhões.
  7. Conduzir e ouvir música enquanto conduzo.
  8. Dormir. Gosto tanto, tanto. Mas deixo isso para quem não tenha filhos pequenos!
  9. Coisas de gaja. Comprar roupa, sapatos, malas, arranjar unhas, cabelo….
  10. Ouvir, ver, respirar e andar. Ninguém dá valor a estas coisas, mas são bens preciosos.

 

ODEIO – só 10 coisas? Tão pouco.

  1. Ter de ser simpática. É muito cansativo e aborrecido ser forçada a ser simpática. Obrigam-me a ficar com cara de parva. A culpa é da minha cara que não consegue disfarçar o que o meu cérebro manda.
  2. Pessoas boazinhas (there is no such thing).
  3. O meu telemóvel. Quando toca de manhã.
  4. Couves de Bruxelas. Muito mau.
  5. Mentiras. De qualquer espécie. As piedosas são as piores.
  6. O meu colesterol.
  7. Pessoas que têm a mania que sabem tudo e depois das suas bocas saem as maiores barbaridades. É praticamente impossível dialogar com elas.
  8. Ser “obrigada” a ir ao ginásio. Why God? Why?
  9. Qualquer tarefa doméstica. Mas o que não gosto mesmo é de passar a ferro. Uma verdadeira tortura.
  10. Criancinhas irritantes. Não é por ter um filho que gosto de todas as crianças do mundo. O mundo é muito grande e há crianças insuportáveis…

Também odeio o cancro. Devia ser preso e sujeito à cadeira eléctrica.

Estou exausta. Preciso de descansar…. Ainda estão acordados?

Já agora. Não querem saber o que dizem os meus olhos?

Não nomeio ninguém porque não gosto de apontar o dedo!!

Oh moças! Arranjem um quarto

 

 

 

Posso dizer que na minha vida não se passa nada de especial. Sou uma rapariga perfeitamente banal. Podia ser uma verdadeira chatice viver, se não fossem as pessoas que me rodeiam...preciso delas como de alimento para viver e por isso escrevo sobre o que me rodeia.

Ok, isto parece exagerado. Eu respirava à mesma, o meu coração ia bater à mesma, enquanto tiver dinheiro para comprar comida, alimentava-me à mesma, como tal viveria à mesma, mas não seria a mesma coisa...pois o meu cérebro estaria numa espécie de coma.

Todas as tardes. Mas todas as tardes, quase à porta do meu trabalho (local onde tenho de me apresentar 5 dias por semana, apenas porque gosto imenso de me levantar cedo), estão duas raparigas adolescentes a "lancharem-se" uma à outra. Elas parecem uma só. De início pensei que pudessem ser gémeas siamesas, porque parecem estar coladas, e tentei evitar que a minha mente ruim começasse a magicar coisas. Mas não. Não são gémeas siamesas e passam a tarde naquilo.

Foi muito difícil perceber que eram duas raparigas, pois elas estão presas uma à outra. Ou estão deitadas no chão, possivelmente a dormir a sesta, ou estão sentadas uma em cima da outra.

De início fiquei confusa. Pareciam dois rapazes, mas tinham mamas, como tal parti do princípio que eram duas raparigas. Por outro lado já tive um colega que tinha mamas. Mas mamas à séria de fazer inveja a muitas raparigas que são lisinhas que nem tábuas de passar a ferro. Nas aulas de educação física lá estava ele, aos saltos a agarrar “as gémeas”, com medo que levantassem voo e que alguma ficasse perdida no ginásio e fosse guardada junto das bolas de futebol…

Será que a mãe dele não tinha pena da pobre criança e lhe arranjava um soutien?

Isto, em crianças de 13 anos é bastante complicado de aceitar. Mas, porque raio é que o Jorge tem mamas e eu ainda não tenho. Deus é assim tão mau para mim? Isto perguntava-me uma colega minha, que eu nunca me queixei desse mal...

Voltando ao assunto principal:

Oh moças!

Eu sei que é bastante confortável estar deitada em cima do passeio, nas horas do calor, uma em cima da outra. Andar na escola (que é mesmo por trás) é muito aborrecido e hoje em dia não se aprende nada de especial, que eu também já lá andei e sei do que falo. Mas não era mais bonito irem para outro lado? Podiam-se por ainda mais à vontade?

Eu sei que o amor é muito lindo e vocês querem mostrar ao mundo a sua beleza. Mas o mundo está-se a cagar (desculpem o termo) para o vosso amor. Temos mais que fazer, como trabalhar por exemplo. Eu própria, se não fossem vocês estava a trabalhar e não a escrever e a pensar em parvoíces, porque infelizmente não é para isso que me pagam.

Estão as vossas mães em casa a cozer meias e a ver a Fátima Lopes e vocês a serem meninas más!

Eu cá não digo nada a ninguém, mas por favor ARRANJEM UM QUARTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Precisas de um mapa?

 

 

Os homens (salvo raras exceções) são seres com vastas limitações.

Cada vez me convenço mais que Deus, quando criou o homem, não estava nos seus melhores dias, talvez por excesso de trabalho, ou com alguma enxaqueca (toda a gente comete erros no seu trabalho), criou apressadamente um ser com várias lacunas. Apercebendo-se mais tarde do erro que tinha cometido e não podendo voltar atrás, criou a mulher!!!!!!! (não me posso alongar muito nesta temática, senão ainda me sujeito a ser apedrejada na via pública e isso era muito aborrecido). Desculpem qualquer coisinha, senhores homens!

Cá vai então:

Porque será que um homem nunca sabe onde estão as coisas?

Não sabem onde estão os copos, as meias, onde se guardam as toalhas…

Um homem quando chega à cozinha e vê uma fila de armários fica completamente desorientado, perde o rumo, ao ponto de ter de voltar para trás, respirar fundo, sentar-se meia hora e fazer nova investida, não sem antes perguntar: “Onde estão os copos?”

Quando não têm as mulheres que os ajudam nesta difícil tarefa deve ser uma completa caça ao tesouro.

O meu marido é assim (já tinha referido que era uma rapariga cheia de sorte? Abracinhos para ti maridinho!). Quando lhe peço alguma coisa (que até evito para não me aborrecer. Porque um casal quando não está a discutir deve-se dar bem!) a primeira coisa que ele diz é: “E onde é que isso tá?” ou “e onde é que guardamos isso?”

Às vezes acho que ele não mora lá em casa!

Nessas alturas, em que o amor entre nós é tão intenso, quase que sou a favor da violência doméstica. Tal é a minha vontade de “molhar a sopa”!!!!

Precisas de um mapa queridinho?

O amor é bipolar

 

O amor não pode ser definido como um sentimento muito lindo, em que as pessoas andam sempre de sorriso de orelha a orelha (portanto com cara de parvas) e que em vez de caminharem como as pessoas normais, planam, levitam. Isso é a paixão. E essa, meus amigos não dura para sempre. Ainda bem que assim é, porque o coração não foi pensado para tantas emoções juntas.

Quem nunca sentiu: Amo-te tanto que te odeio ainda mais?

Quem não sentiu, é porque nunca amou. A sério! E é melhor pensarem bem se se querem meter nisso.

Dizem que a linha que separa o amor do ódio é muito ténue. Pois eu acho que ela não existe de todo. Andam antes de mãos dadas, como se fossem os melhores amigos, a fazer pouco de pessoas que se encontram alteradas emocionalmente, pessoas que se amam!

Se não fosse assim, porque é que acabamos sempre por tratar pior as pessoas de quem mais gostamos?

Porque é que as pessoas de quem mais gostamos é que conhecem o pior de nós? Porque as amamos!

Gostamos tanto delas que até irrita.

Eu gosto muito do meu marido, mas às vezes preferia não o ver ou sequer ouvir a sua voz durante uma semana. Amo-o tanto!

O amor é assim.

Pode ser o sentimento mais maravilhoso, onde damos o melhor de nós. Somos fofas, carinhosas, cuidamos do nosso homem. Como de repente nos tornamos em bruxas terríveis, verdadeiras Maléficas, capazes de dizer as maiores barbaridades, mesmo que não sejam verdade, só para ter o prazer de magoar o nosso querido marido/namorado/companheiro ou afim.

Mas a culpa não é nossa. É do maldito amor.

Não conseguimos viver sem ele. Mas às vezes é insuportável conviver com ele.

Por isso é que digo que o amor é bipolar.